do mais oculto sentimento,
da mais profunda dor,
eis o que queria.
Queria um verso, uma poesia
que falasse não de coisas certas,
mas de coisas tortas,
coisas como feridas abertas e gemidos
entre paredes e portas.
Um verso livre que falasse
da minha vida mórbida,
que mostrasse meus tormentos
assim como o vento faz
ao levar meus pensamentos.
Lembranças vagas,
sentimentos confusos,
tudo devaga
nesse tempo infuso.
Hora incerta de estar
entre janelas
a espiar a brisa
que passa, não passa
no fazer e refazer
da aurora e da vida.
Laetitia Rosae
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